Bem Vindo!

Escola Bíblica Dominical
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domingo, 28 de março de 2010

Introdução ao Livro do Profeta Jeremias


JEREMIAS


I. AMBIENTE HISTÓRICO

Quando Deus chamou Jeremias ao ministério profético em 626 A.C., a Assíria, senhora do mundo, sujeitara Judá ao seu domínio, cobrando-lhe tributo. Todavia, a própria Assíria gradualmente enfraqueceu, após a morte de Assurbanipal em 633 A. C. Certas províncias do império perderam-se em 614 A. C., e outras no cerco final de dois anos. Assurubalut foi o último monarca reinante, conservando-se em Harran durante, pelo menos, dois anos após a destruição de Nínive em 612 A. C.

Potencialmente, o trono da Assíria estava aberto a qualquer cabo de guerra do tempo. Neco, do Egito, conduziu as suas forças até ao norte da Palestina, defrontando e matando Josias, rei de Judá, em Megido em 609 A. C., subjugando a Síria e pondo-se novamente em marcha até ao Eufrates. Foi, porém, enfrentado por Nabucodonosor da Babilônia, que desbaratou os seus exércitos na histórica batalha de Carquemis e o obrigou a recoar para as suas próprias fronteiras, pondo, assim, termo temporário à ambição egípcia de dominar o Oriente. Foi deste modo que Judá, até ali sujeito à Assíria, passou automaticamente para o controle da Babilônia.

Depois da morte trágica de Josias, o seu povo ungiu Jeoacaz, seu filho, rei em seu lugar. Neco, porém, depô-lo a favor de Jeoaquim, seu irmão, pensando que ele serviria melhor os interesses egípcios. Que esta convicção tinha bons fundamentos prova-o claramente o tratamento a que Jeoaquim sujeitou o profeta Jeremias. Depois de Carquemis, Nabucodonosor interessou-se menos por Judá, possivelmente por o descontentamento em Babilônia exigir o seu regresso imediato após ter sido desferido um golpe decisivo contra o Egito. Entretanto, Jeoaquim, confiante nas promessas egípcias de auxí1io massiço, fez uma tentativa de sacudir o jugo de Babilônia. Em resultado disso, em 596 A. C., Nabucodonosor, consolidado o seu poder na pátria, atacou Jerusalém, prendeu Jeoaquim, filho do rebelde e agora seu sucessor, e levou-o com algum do seu povo para o cativeiro. Ao mesmo tempo, pôs Zedequias no trono.

O Egito não ousava arriscar uma guerra com Babilônia; em vez disso, procurava enfraquecer pela intriga os laços impostos por Nabucodonosor à Síria e Palestina. A Neco sucedeu no trono egípcio Psamatique II, e presumivelmente foi ele quem procurou persuadir estes países a tomarem parte numa aliança com o Egito contra Babilônia. Zedequias foi um dos monarcas abordados, e parece haver fortes indícios de ter existido um partido pró-egito na corte. Ananias, o profeta, salientava-se bastante nesta conjuntura, mas Jeremias opôs-se firmemente à proposta. Ver, por exemplo, o capítulo 28, com o seu oráculo do jugo de ferro.

Jeremias opunha-se vigorosamente a estes funcionários da corte. Como porta-voz de Jeová, denunciava-os como falsos profetas, afirmando que as suas atividades pró-Egito eram contrárias à Sua vontade e teriam um resultado trágico. Sem dúvida se consideravam verdadeiros patriotas, e é evidente que o seu ódio feroz a Jeremias se fundamentava no fato de, na opinião deles, o profeta ser um traidor confesso. Chamando-lhes falsos profetas, Jeremias não implica necessariamente que fossem homens cruéis, mas antes que a sua intuição ou critério não eram inspirados por Iavé. A sua acusação contra os seus adversários é que não fora Iavé quem os mandara, mas que eles se destacam por iniciativa própria, pelo que as suas predições não se realizarão. Era, pois, aí que residia a falsidade. Falavam em nome de Iavé quando, afinal, Ele não lhes tinha ordenado que o fizessem. De tudo isto se depreende que a sinceridade não basta; só a inspiração divina é que faz de alguém um profeta.

É impossível dizer se Nabucodonosor tinha recebido um aviso direto do descontentamento que grassava, ou apenas boatos, mas o certo é que Zedequias foi intimado a avistar-se com ele e a descrever as condições na sua pátria. O seu regresso implica que deu garantias de fidelidade. É pena que, ao que parece, ele não tivesse a coragem e a força moral para resistir à influência de conspiradores pró-egipcistas como Ananias e os seus confederados. Jeremias instava constantemente com o rei para que permanecesse fiel ao seu compromisso, mas quando Hofra se tornou faraó em 589 A C., sucedendo a Psamatique II, a influência egípcia na corte acentuou-se ainda mais e, em resultado de tramas urdidas em segredo, Zedequias foi finalmente induzido a faltar à sua palavra para com Nabucodonosor. O Egito foi lento no seu socorro, e o monarca babilônio tornou a pôr cerco a Jerusalém em 587 A. C. Por fim, apareceu o exército egípcio e os babilônios levantaram o cerco temporariamente. Foi nessa altura que Jeremias foi preso como desertor que procurava fugir para os caldeus (ver #Jr 37.11-15).

A repetição do assédio parece ter provocado uma crise. Jeremias tinha a certeza de que a sua intuição provinha de Deus, de que Ele lhe revelara os Seus propósitos de transformar Babilônia no instrumento da Sua vontade. A confiança no Egito, portanto, só poderia abrir caminho à tragédia e ao exílio. Além disso, os inimigos do profeta serviam-se do nome de Iavé para apóiar a sua política pró-egipcista. Por conseguinte, afirmavam que a atitude e as palavras de Jeremias enfraqueciam a vontade nacional de combater. Esta luta revela-se de forma crucial na pessoa de Zedequias, que se erguia entre as duas facções, sendo atraído ora para um dos partidos, ora para o outro. Costuma-se dizer que Zedequias era um fraco, incapaz de tomar uma decisão e enfrentar as conseqüências. Percebe-se que Jeremias não o conseguiu influenciar de forma a fazê-lo manter-se firme no seu juramento de fidelidade para com Nabucodonosor. A batalha foi ganha pelos falsos profetas e Zedequias arriscou a sua sorte, mas pagou amargamente a sua decisão e delongas. O Egito revelou-se uma cana quebrada; o segundo cerco foi coroado de êxito, os babilônios comportavam-se de forma desapiedada e, com grande desgosto seu, Jeremias assistiu à amarga realização da sua profecia.

Este livro dá-nos pormenores referentes à vida de Jeremias até à sua partida forçada para o Egito. Depois, abatem-se as trevas sobre o profeta, atenuadas, se porventura o são, apenas por vagas tradições. Nada há que permita chegar a conclusões definitivas quanto à sua sorte. Segundo uma tradição cristã, alguns cinco anos depois da queda de Jerusalém, foi lapidado em Tahpanhes pelos judeus, que, mesmo então, se recusavam a comungar na sua visão e na sua fé.

II. A MENSAGEM E ENSINO DE JEREMIAS

Politicamente, como vimos, o profeta perdeu, mas espiritualmente obteve retumbante vitória. Com Amós e Oséias, confiava em como, apesar de a idolatria e a infidelidade a Iavé acarretaram necessariamente o castigo, Israel e Judá não seriam destituídos definitivamente da graça de Deus. Com esses profetas, comungava também na fé que o exílio como disciplina seria, não totalmente trágico, mas uma experiência corretiva. O estado como estado estava condenado, mas a fé em Iavé e a fé de Iavé no Seu povo escolhido permaneceriam e sobreviveriam àquele choque crucial.

Viu também que o antigo concerto centralizado no templo e no seu cerimonial era ineficaz. Assim, acabou por descortinar que Iavé escreveria um novo concerto no coração do "remanescente", através do qual a religião vital se manteria dinâmica e seria um veículo de bênção para além das fronteiras da nação.

Quando o livro da Lei encontrado por Hilquias nas ruínas do templo provocou a reforma do reinado de Josias em 621 A. C., parece evidente que, de princípio, Jeremias vibrou no mesmo entusiasmo que o monarca, emprestando a este a sua influência e auxílio. Parece igualmente evidente, porém, que, mais tarde, a sua confiança nesse avivamento começou a enfraquecer, considerando-o o profeta demasiado fácil e superficial para satisfazer os requisitos de Iavé. A grande necessidade era de uma mudança de coração, só possível num povo que depositasse a sua fé tão-somente em Iavé. Ora, a geração de Jeremias recusava-se a conceder essa centralidade de fé.

Muitos comentadores têm afirmado que Jeremias, com outros profetas, se opunha ao ritual de sacrifícios, considerando-o algo que não fora ordenado por Iavé e que Lhe repugnava. Todavia, a atitude de Jeremias será melhor interpretada se nós descortinarmos a lição de que, sempre que um sacrifício não constitui um verdadeiro índice da adoração e arrependimento do indivíduo, então esse sacrifício não terá valor, sendo, portanto, contrário ao desejo e vontade de Iavé. Quando muito, um sacrifício só poderia ser um meio para atingir o fim espiritual de um regresso contrito ao Senhor, jamais podendo constituir um fim suficiente em si.

III. AUTORIA

Trata-se de um problema muito complexo que não pode ser eficazmente abordado numa breve introdução como esta. Em Introduction to the Old Testament, de E. J. Young, encontrar-se-á formulada a posição conservadora acompanhada de um sumário das várias correntes críticas. O próprio livro diz que Baruque, o escriba, escreveu as profecias que Jeremias pronunciou (ver especialmente #Jr 36.32), e declara que "ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes". Duma maneira geral, Baruque parece ter sido fiel amanuense de Jeremias e, note-se, acompanhou-o até ao Egito (#Jr 43.6).

As próprias profecias não vêm em ordem cronológica, o que pode causar confusão numa mentalidade ocidental, habituada a encarar tais problemas de uma maneira lógica. Em The New Bible Handbook, de G. T. Manley, o leitor encontrará um esquema das datas prováveis correspondentes aos vários capítulos. O problema resulta ainda mais complicado por haver grandes diferenças entre o texto hebraico e o dos Setenta deste livro, fenômeno que se verifica mais nele do que em qualquer outro. Estas diferenças não dizem respeito apenas às palavras mas afetam a ordem de apresentação do conteúdo. Para uma breve análise das discrepâncias e uma hipótese de explicação, ver Introduction to the Old Testament, de E. J. Young, obra a que já se fez referência. No corpo do comentário, apontam-se sempre os passos em que a versão dos Setenta parece derramar luz sobre o texto hebraico.

IV. O CARÁTER DO PROFETA

Jeremias era, de fato, um homem de Deus, sensível a toda a influência espiritual, suscetível de profunda emoção, dotado de visão clara e critério cristalino. Não podia ser comprado nem cavilosamente convencido. Seguia o caminho traçado pelo seu espírito, este sempre apoiado no sentimento de adoração que vivia dentro dele. Foi um homem de Deus do princípio ao fim e, portanto, um patriota fiel até à tragédia. Não era cego para o pecado e loucura do seu povo. Descortinou com profunda amargura o nexo férreo entre o pecado e o castigo, e previu o exílio como uma punição inevitável e irrevogável, a não ser que se verificasse uma conversão. Foi para a provocar que despendeu sem reservas todo o seu esforço. Essencialmente, foi um mediador impelido pelo patriotismo e pela fé em Deus. Daí a veemência das suas emoções e mensagens, ora contra o seu povo, ora intercedendo junto do Senhor. Daí também o seu isolamento, a sua agonia de espírito, os seus cruciais conflitos íntimos. A sua paixão iluminava-lhe os passos, o que facilitou a sua tarefa, embora tornando-a desagradável. Viu a condenação, mas não a tragédia final. Tanto Israel como Judá tinham um futuro em Deus, o Qual seria a sua justiça. Haveria um novo concerto. Em Deus leu promessas, não futilidade, pelo que "ficou firme como vendo o invisível". Neste vulto descarnado, clamante, vemos o que Deus ousa pedir ao homem, e o que um homem assim pode dar. A descoberta do Jeremias autêntico pode bem constituir o renascimento de quem o descobre.

Este livro extenso não se presta facilmente a qualquer divisão satisfatória, pelo que analisá-lo não passa, duma maneira geral, de formular uma opinião subjetiva. Seria talvez razoável dividir "Jeremias" em dois livros, terminando o primeiro no capítulo 25 e abrangendo o segundo do capítulo 26 até ao fim. A razão desta divisão é que, duma maneira geral, os oráculos proféticos dominam na primeira metade, e a narrativa na segunda.
Fonte: O Novo Comentário da Bíblia - F. Davidson

segunda-feira, 15 de março de 2010

LIÇÃO 12 - VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR

Publicarei o subsído para a Lição 12 em duas ou três etapas distintas. Nesta primeira tratarei do tema "Superapóstolos", relacionado com o primeiro ponto da lição (A GlÓRIA PASSAGEIRA DE SUA BIOGRAFIA).


1ª PARTE

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Distinguir as características de um "superobreiro"

2. CONTEÚDO
Textos Bíblicos: 2 Co 1.1

OS SUPEROBREIROS
Em todas as épocas, assim como nos dias do apóstolo Paulo, existiram obreiros que se sentiam acima da média. São estes os "superapóstolos", "superbispos", "superpastores", "superevangelistas", "superpresbíteros", "superpregadores", "superprofessores", "superprofetas" e etc.

Nos dias atuais este fato está evidente mais do que nunca. É uma verdadeira vergonha o qua contece no meio evangélicos brasileiro, onde os "superalgumacoisa" fazem de tudo para aparecer. Tentam demonstrar uma espiritualidade acima da média, um "supercarisma", "superpoderes", "supermilagres", "supereloquência".

Em razão disto já foram criadas "superestruturas" para os "supercongressos", onde os "superpregadores", "superministrantes" e "superpreletores" embolsam "supercachês", dos "supermeninosdafé". Tudo isso sob a intermediação dos "superempresáriosdomundogospel".

Um pastor amigo meu, conferencista, me contou que ao se cruzar com desses "superalgumacoisa" num dos aeroportos do país, o mesmo se gabava de ter recebido um cachê de R$ 7.000,00 (Sete Mil Reais), e ainda deu para o meu amigo o seguinte conselho: "o negócio é pregar em comunidades evangélicas e nestas novas igrejas (não sei sobre quais novas igrejas ele se referia). O cachê que recebemos nas Assembleias de Deus é negócio para pregadorzinho. É cachê de miséria".

Um outro me falou que num destes "supercongressos", um deles cogitou a criação de uma "Liga da Justiça com os Superpregadores de Fogo". Sem comentários.

Interessante também é a atitude dos "superapóstolos" da atualidade, que só abrem igrejas nos grandes centros urbanos, nos bairros nobres, nas principais avenidas e edificam (ou alugam) os mais luxuosos templos, para massagear a sua "supervaidade" e engordar a sua "superconta".

É necessário ter uma "supercaradepau" para execer tal ministério e ostentar este "supertítulo".

LIÇÕES DO APÓSTOLO PAULO PARA OS SUPERFENÔMENOS NA ATUALIDADE

Em nenhuma outra época se desejou tanto os holofotes, o estrelato, o reconhecimento das massas, o delírio dos fãs e a fama. Contemplamos uma total inversão de valores e desprezo dos grandes exemplos bíblicos, que incorporam o princípio da declaração de João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.3).

A fama, conforme a que Jesus alcançou (Mt 4.24), se relaciona a um processo natural de reconhecimento da ação de Deus sobre a vida do indivíduo. Não é algo para ser buscado.

Quero aproveitar este tema, para republicar um texto já postado neste blog em 04/03/2008, e publicado no meu livro "Reflexões: por uma prática cristã autêntica e transformadora", que compara os arrogantes superobreiros da atualidade, portadores de exuberantess biografias, com a maneira que o apostólo Paulo descreveu as suas realizações e ministério.

Escrevi o post depois de ter presenciado numa convenção nacional de pastores a distribuição de um kit (DVD, Bíblia, Folder etc.), onde na caixa estava a imagem do superpregador com o seguinte título: O maior fenônemo de público evangélico do Brasil. Tentei conseguir um kit para mim com o próprio superhipermegastar, mas os mesmo estavam reservados para os Pastores Presidentes (certamente havia a intenção de descolar uns convites intere$ante$). Segue abaixo o post na íntegra:

O FENÔMENO
Vocês lembram aquele título "o fenômeno", atribuído ao Ronaldo da seleção brasileira de futebol? Pois bem, a moda acabou se contextualizando ao meio evangélico.

Você já ouviu falar no pastor "o fenômeno"? Ainda não? Pois fique sabendo que ele já existe e é assim que se auto intitula (ao contrário do Ronaldo que recebeu o título do Galvão Bueno), devido aos números mirabolantes que marcam o seu ministério.

O FENÔMENO EM NÚMEROS
- Milhões de telespectadores
- Dezenas de livros
- Centenas de cidades
- Milhares de mensagens pregadas
- Milhares de e-mails recebidos
- Milhões de acesso em sua página na internet
- Milhares de DVD's vendidos

Fui procurar na Bíblia alguém que pudesse se comparar ao "fenômeno", e acabei encontrando um certo personagem, que se destacou pelos números que também marcaram o seu ministério;


PAULO, O APÓSTOLO (2 Co 11.24-28)

- Muitos trabalhos
- Muitas prisões
- Açoites sem medidas
- Perigos de morte
- Trinta e nove chicotadas em cinco ocasiões
- Três pisas com vara
- Um apedrejamento
- Três naufrágios
- 24 hs boiando no mar
- Muitas jornadas (algumas a pé)
- Perigos de ladrões
- Perigos de rios
- Perigos de perseguições por judeus e não-judeus
- Perigos na cidade
- Perigos nos desertos
- Perigos em alto mar
- Perigos entre os falsos irmãos
- Muitos trabalhos e canseiras
- Muitas noites sem dormir
- Fome e sede muitas vêzes
- Falta de casa, comida e roupa
- Muitas preocupações com as igrejas do Senhor

Amados, não sei se o que sinto neste momento é vergonha ou indignação. Dá para perceber o quanto difere o referencial de valores do "FENÔMENO" e os referenciais do Apóstolo Paulo? A que ponto chegamos!

Por favor, me suportem. Falo principalmente aos fãs, que de tão entorpecidos pela eloquência e domínio de massas que "os fenômenos" possuem, não admitem que toquem nos tais "ungidos"!

Gostaria neste momento, de responsabilizar por esta vergonha nacional, os pastores que abrem as portas de suas igrejas para "os fenômenos" modernos, cooperando assim para a alienação e exploração das pobres e manipuláveis ovelhas que lhes foram confiadas.

É fundamental lembrar que Jesus (nem os apóstolos) não andava atrás de público (Jo 6.24-27, 65-68). Jesus buscava verdadeiros discípulos e não público. O inferno se encherá de público e de pregadores de público, enquanto o céu, de filhos de Deus que nasceram de novo, que vivem em santidade e andam na verdade, juntamente com pregadores que não foram enganados pela sedução da fama e do sucesso temporal. Basta! Chega de tanta banalidade, futilidade e vaidade.

Ver e ouvir estas coisas, e ficar calado, é pecado de omissão. Compartilhar com elas, nos torna iguais "aos fenômenos".

Deixo o próprio Paulo nos lembrar um princípio que por muitos já foi esquecido:

"Se tenho de gloriar-me, gloriarme-ei no que diz respeito à minha fraqueza" (2 Co 11.30)

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Elabore um quador comparativo da postura dos superobreiros da atualidade em relação aos bons exemplos e referenciais bíblicos.

Se quiser, pode imprimir este subsídio, tirar cópias e distribuir com os alunos e com quantos outros irmãos desejar.

4. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Evangélicos em crise, Mundo Cristão.
- Evangelhos que Paulo jamais pregaria, CPAD.
- Erros que os pregadores devem evitar, CPAD.
- Mais erros que os pregadores devem evitar, CPAD.
- Supercrentes, Mundo Cristão.


2ª PARTE
Subsídio e Plano de Aula para Lição Bíblica

Nesta segunda parte do subsídio para a Lição 12, tratarei do tema "revelações e visões", enfatizado no segundo ponto da Revista.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Saber que nem a igreja nem crente algum pode depender apenas de experiências sobrenaturais, como revelações, visões ou sonhos para conhecer a vontade de Deus.

2. CONTEÚDOTextos Bíblicos: 2 Co 12.1

VISÕES, REVELAÇÕES E SONHOS ESPIRITUAIS OU SOBRENATURAIS
É interessante num primeiro momento fazer algumas considerações acerca dos termos "revelações, visões ou sonhos" numa perspectiva evangélica pentecostal.

Os referidos fenômenos dizem respeito a percepção extrasensorial (não dependem dos sentidos naturais da visão, do tato, da audição, do olfato ou do paladar) de imagens relacionadas com acontecimentos no presente mundo (Gn 37.5-10; Dn 2.36-49; Dn 7.1-28 ss) ou no porvir (Ap 20, 21, 22 ss), manifestas mediante o poder e a vontade Deus.

As revelações podem acontecer em estado de vígilia ou dormindo. Quando em estado de vigília, as revelações são geralemente chamadas de "visões espirituais, sobrenaturais ou proféticas". Quando durante o sono, são designadas geralmente de "sonhos espirituais, sobrenaturais ou proféticos."

Estes fenômenos espirituais podem estar relacionados com a vida de um indivíduo (At 27.23-25) com uma nação (Jr 1.13-16), com toda a humanidade (Dn 2), com a igreja (At 16.6-10; Ap 1.9-3.22), etc.

As revelações (visões ou sonhos) são manifestações atuais, não apenas fundamentadas em experiências subjetivas, mas na própria objetividade e clareza do texto bíblico:

"Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias e profetizarão." (At 2.16-18)

No mundo evangélico contemporâneo temos duas posições extremas sobre o presente assunto. A primeira nega totalmente a atualidade das revelações espirituais através de visões ou de sonhos, contrariando desta forma o texto bíblico acima citado. A segunda chega a colocar as revelações num patamar acima da própria palavra de Deus, e o profeta ou visionário acima da autoridade do pastor da igreja. Cabe neste segundo caso observar as advertências bíblicas encontradas em (Dt 13.1-4 e Gl 1.8-9).

Uma outra questão digna de advertência é o fato de alguns indivíduos tentarem dirigir a vida de outros, ou da própria igreja através de supostas revelações, visões ou sonhos. Sem falar, que muitos facinados por estes fenômenos são presas fáceis dos falsos profetas da atualidade. Nestes casos, geralmente a oração e a Bíblia são colocados em último plano (quando ainda são colocados) na busca pela vontade de Deus.

Muitas seitas e heresias surgiram fundamentadas em supostas revelações, visões ou sonhos de seus fundadores ou profetas.

É preciso discernimento espiritual nestas questões, pois pode-se negligenciar uma orientação realmente divina (1 Ts 5.19-22), ou dar ouvidos para aquilo que não procede de Deus.

ALGUNS EXEMPLOS BÍBLICOS DE REVELAÇÕES, VISÕES E SONHOSNo Antigo Testamento:
- Gn 28.10-17 (Jacó)
- Êx 3.1- 4.16 (Moisés)
- Is 6.1-6 (Isaías)
- Jr 1.11-19 (Jeremias)
- Ez 1.1 (Ezequiel)
- Dn 7.1 (Daniel)

No Novo Testamento:
- Mt 1.18-24 (José)
- At 7.55-56 (Estevão)
- At 9.10-16 (Ananias)
- At 10.9-20 (Pedro)
- At 16.6-10 (Paulo)
- Ap 1.9-20 (João)

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINOPeça aos seus alunos para relatarem suas experiências pessoais com as verdadeiras e as falsas revelações, visões ou sonhos espirituais. Discuta ainda sobre a importância do discernimento espiritual oriundo do Espírito Santo e do conhecimento da Palavra de Deus.

4. RECURSOS DIDÁTICOSQuadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Dake, CPAD.
- Dicionário Bíblico de Wycliffe, CPAD.
- Dicionário Vine, CPAD.
- Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, HAGNOS.

Autor: Pr. Altair Germano
Fonte:
http://www.altairgermano.com/2010/03/visoes-e-revelacoes-do-senhor-2.html

sexta-feira, 12 de março de 2010

Atividades da EBD na Congregação Campos Brancos - Área 03

A Escola Bíblica Dominical da Congregação Campos Brancos (Área 03), esteve realizando várias atividades nos meses de janeiro e fevereiro, e enviou algumas fotos que registram o excelente trabalho realizado por todos naquela congregação.
Parabenizamos o Pr. Brito, pastor da área 03, o Dirigente da congregação e ainda os Coodenadores, Professores e Alunos da EBD.












Fotos enviadas pelo Coordenador da EBD, Ir. Ely.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Homenagem da EBD ao Dia Internacional da Mulher

LIÇÃO - 11: CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER

Subsídio e Plano de Aula para Lição Bíblica

Nesta 11ª lição aprenderemos que ser um líder autêntico, apesar de não ser sinônimo de ser um "líder perfeito", implica em possuir algumas características e qualidades específicas e notórias.
PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Compreender que o líder cristão autêntico é aquele que não perde o senso de dependência de Deus.
-Distinguir as características de um verdadeiro líder.
-Descrever os tipos de lideranças encontradas no seio da igreja.
2. CONTEÚDO
Textos Bíblicos: 2 Co 10.12-16; 11.2, 3, 5, 6

O CONCEITO DE AUTENTICIDADE

O que significa ser autêntico? O dicionário mini Houaiss (2001, p. 45) define oferece as seguintes definições:
- Autenticar: reconhecer como autêntico ou verdadeiro;
- Autenticidade: ausência de falsidade;
- Autêntico: verdadeiro, legítimo.
Na liderança cristã atual é preciso discernir entre o autêntico e o falso.

LIÇÕES SOBRE A AUTENTICIDADE DA LIDERANÇA DO APÓSTOLO PAULO

Conforme Sanders (1999, p. 40) "A liderança de Paulo não era perfeita, mas nos proporciona um exemplo tremendamente estimulante e inspirador do que significa continuar avançando para a maturidade".
Na lição bíblica encontramos descritas algumas características e qualidades da liderança autêntica de Paulo. São elas:

- O objetivo maior de servir ou o compromisso e interesse pelo bem-estar integral da igreja. Esta descrição encontramos na verdade prática da lição e no segundo ponto da mesma. Por várias vezes esse tema foi tratado no decorrer deste trimestre. A marca do verdadeiro desejo de servir está presente em Paulo na forma como era livre da ambição de tirar vantagens financeiras do evangelho e de sua função (11.7-10), do sofrimento a que submeteu-se (11.22-33), na disposição em se gastar em prol das vidas (12.15). Em nossos dias, alguns líderes chamariam Paulo de tolo, burro, besta, ingênuo, santarrão e coisas semelhantes a estas. A razão é que muitos que dizem estar servindo à igreja, na realidade buscam vantagens pessoais, estabilidade financeira, enriquecimento ilícito, aumento desproporcional do patrimônio e outros atos e intenções vergonhosas. É possível perceber em alguns casos o patrimônio de alguns líderes (apostolos , bispos e pastores) se multiplicar em mais de dez vezes em poucos anos em seu "viver do evangelho". Benção de Deus ou oportunismo? Prosperidade ou imprudência? Deus haverá de julgar cada caso e retribuir de forma justa as intenções e ações equivocadas ou maldosas desses líderes. Se o apóstolo Paulo ressucitasse em nossos dias ficaria surpreso pela ideia capitalista disseminada de que um apostolado e pastorado bem sucedido é medido pelo tamanho do patrimônio acumulado e ostentado por seu possuidor.

"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam." (1 Co 10.23)
- O exercício da autocrítica (1 Co 10.12, 13). Conhecer e reconhecer os seus limites, suas imperfeições, suas debilidades, seus erros e necessidades de aperfeiçoamento é uma necessidade na vida de um autêntico líder. A autocrítica ou autoanálise é um exercício constante e salutar. Na Bíblia sagrada encontramos o modelo de Deus para a vida do líder cristão em todo os seus aspectos.

Sanders (idem, p. 52) entende que "Paulo estava plenamente cônscio de suas próprias falhas e deficiências, visto que seu padrão era a maturidade segundo a "estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13). Ele confessou suas próprias limitações:

"Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Fp 3.12-14)

- A demonstração de competências para o exercício do seu ministério. Alguns conceitos modernos de competência são relacionados por Resende (2003, p. 30-31):

"Capacidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa" (Dicionário Aurélio B. de Holanda).

"Observáveis características individuais - conhecimentos, habilidades, objetivos, valores - capazes de predizer/causar efetiva ou superior performance no trabalho ou em outra situação de vida (David C. McClelland).

"Competência no trabalho é uma destacada característica de um empregado (que pode ser motivo, habilidade, conhecimento, auto-imagem, função social) que resulta em efetivo e/ou superior performance" (Boyatzis - colega de McClelland nas pesquisas sobre identificação e avaliação de competências).

"Competência é a capacidade de transformar conhecimentos e habilidades em entrega (Joel Dutra).
Outras definições sem a indicação do autor:

"Competência são atributos pessoais que distinguem pessoas de altas performances de outras, num mesmo trabalho."

"Pessoas competentes são aquelas que obtêm resultados no trabalho, nos empreendimentos, utilizando conhecimentos e habilidades adequados."

Uma análise geral no exercício das atividades apostólicas de Paulo nos revela claramente a sua competência, ou seja, esse conjunto de habilidades, dons, talentos, conhecimentos e virtudes que se espera de um líder autêntico.
Além destas qualidades especificadas na lição, ao tratar sobre a liderança de Paulo, Sanders (idem, p. 42-66) nos descreve outras mais. São estas:
- Consideração. Aqui se trata da sensibilidade aos direitos alheios (2 Co 10.13-16);
- Coragem. A prova da coragem de um líder é a sua capacidade de enfrentar fatos e situações desagradáveis, ou mesmo devastadoras, sem entrar em pânico, e sua disposição de tomar medidas firmes quando necessárias, mesmo que sejam impopulares (At 19.30-31; 20.22-23; 2 Tm 1.7; Gl 2.11);
- Determinação. A prorastinação e a vacilação são fatais à liderança. Uma decisão sincera, embora errada, é melhor do que nenhuma. Paulo sempre demonstrou determinação em suas ações: "Que farei Senhor?" (At 22.8,10);
- Ânimo. Ele era forte em caráter e fé. Tal condição foi construída ao longo de sua vida e ministério (2 Co 7.6; Fp 4.11; 2 Co 4.1, 16);
- Amizade. Sobre a qualidade desta marca na liderança de Paulo Sanders (ibidem, p. 50-51) afirma:

"Diferente de muitos outros grandes líderes, a grandeza de Paulo não era a "grandeza do isolamento". Ele era essencialmente gregário, e possuía em grau único o poder de capturar e reter o intenso amor e lealdade dos amigos. Seu amor era autêntico e profundo. [...] Um dos grandes segredos da amizade de Paulo era a sua capacidade de amar de modo altruísta, mesmo que seu amor não fosse retribuído (2 Co 12.15);
- Humildade. O currículo dos cursos de liderança do mundo, nos quais se avolumam a preeminência, a publicidade e a autopromoção (marketing pessoal), não inclui a humildade (Mc 10.43; 1 Co 15.9; 2 Co 12.6; Ef 3.8; 1 Tm 1.15);
- A capacidade de ouvir. A sensibilidade às necessidades alheias e a disponibilidade de seguir conselhos se expressam melhor ouvindo do que falando. Ao ler nas entrelinhas, não era difícil perceber que Paulo era um homem que conhecia o valor de ouvir.
- Paciência. O homem que se impacienta com as fraquezas e falhas alheias terá liderança deficitária: "Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos (Rm 15.1). O bom líder sabe adaptar sua marcha à do irmão mais lento;
- Autodisciplina. O líder se torna capaz de conduzir outros na medida que consegue se conduzir (1 Co 9.26-27; 2 Co 10.4-5; Gl 5.23);
- Sinceridade e integridade. Transparência no viver e capacidade de se abrir são qualidades próprias na vida de um líder autêntico, sincero e íntegro (At 24.16; 1 Co 4.4; 2 Co 2.17; 2 Tm 1.3);
- Sabedoria espiritual. Eis aqui mais um elemento essencial para os que ocupam uma posição de liderança (At 6.3). Sabedoria é conhecimento em ação nas questões morais e espirituais. Sabedoria espiritual é envolve o conhecimento de Deus e das complexidades do coração do homem (1 Co 3.18-19; Cl 1.9,28, 3.16). A sabedoria vinda de Deus deve ser buscada (Tg 1.5);
- Zelo e veemência. À semelhança de seu Mestre e Senhor, Paulo era sincero e zeloso em toda a obra que realizava para Deus (At 22.3; 1 Co 14.1). É o líder zeloso, entusiasta que mais profunda e permanentemente impressiona seus seguidores.

Para concluir, cito ainda Sanders (ibidem, p. 40), que de forma muito apropriada escreve:

"O conceito que ele tinha do papel do líder na obra cristã reflete-se nas palavras que emprega nessa conexão. Ele é despenseiro (1 Co 4.2), o que significa mordomo ou gerente dos recursos da família. Ele é administrador, isto é, governante (1 Co 12.28), palavra que descreve o timoneiro do navio e, dessa maneira, aquele que dirige a tarefa. Ele é bispo, isto é, supervisor (At 20.28), palavra para guardador ou protetor. Ele é presbítero (At 20.17), o que implica maturidade da experiência cristã. Ele é presidente (Rm 12.8), palavra que significa alguém que se coloca diante das pessoas e as conduz. É claro, nem todos os líderes preenchem todos esses papéis, mas o uso que Paulo faz dessas palavras dá algum indício da complexidade da tarefa, e do quanto é preciso haver flexibilidade e adaptabilidade no exercê-la."
Apesar de sua humanidade e imperfeições, o exemplo de Paulo como líder autêntico é digno de ser imitado.
3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Relacione num quadro ou em cartaz, ou ainda em alguma outra plataforma de escrita as características e qualidades que autenticavam a liderança de Paulo. Em seguida converse com os alunos sobre a presença das referidas qualidades nas lideranças atuais. Resalte o fato de que não é possível haver um líder perfeito, mas é possível ser um líder autêntico.
4. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
- Bíblia de Estudo Almeida (ARA), SBB.
- Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss, Objetiva.
- O livro das competências, Qualitymark.
- Paulo, o líder, Editora Vida.
Uma ótima aula para a glória de Deus!
Extraído do Blog do Pr. Altair Germano

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quarta-feira, 3 de março de 2010

LIÇÃO 10 - A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO

Subsídio e Plano de Aula para Lição Bíblica



















IMAGEM: ENOMIR SANTOS (ANANINDEUA-PA)

Estudaremos na Lição 10 o tema "Autoridade Espiritual e Ministerial", procurando extrair das circunstâncias vivenciadas pelo Apóstolo Paulo exemplos para a nossa vida, liderança e ministério.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Conscientizar-se de que sem a autoridade ministerial que recebemos de nosso Senhor Jesus Cristo, jamais conseguiremos desempenhar com eficácia o serviço cristão.

-Compreender que a autoridade espiritual uma vez recebida, deve ser mantida através de uma vida de obediência a Deus e exemplar .

-Explicar o significado da palavra autoridade.

2. CONTEÚDO
Textos Bíblicos:
"Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus [...]" (2 Co 1.1)
"Porque, se eu me gloriar um pouco mais a respeito da nossa autoridade, a qual o Senhor nos conferiu para edificação e não para destruição vossa, não me envergonharei [...]" (2 Co 10.8)
"São ministros de Cristo? Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes." (2 Co 11.23)
"Portanto, escrevo estas coisas, estando ausente, para que, estando presente, não venha a usar de rigor segundo a autoridade que o Senhor me conferiu para edificação e não para destruir." (2 Co 13.10)
"Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não recebi, nem aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo, [...] nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco." (Gl 1.11,12 e 17)

O CONCEITO DE AUTORIDADE
Um dos termos gregos para autoridade é exousia, que conforme VINE (2003, p. 425-426):

"Derivado do significado de 'licença' ou 'permissão', ou a liberdade de fazer como a pessoa quiser, passou as sentido de 'habilidade' ou força com que a pessoa é dotada', e daí, ao significado do 'poder de autoridade', o direito de exercer poder (por exemplo, Mt 9.6; 21.3; 2 Co 10.8); ou ao do 'poder do império ou governo', o poder daquele cuja vontade e ordens devem ser obedecidas pelos outros (por exemplo, Mt 28.18; Jo 17.2; Jd 25; Ap 12.10; 17.13); mais especificamente fala de 'autoridade' apostólica (2 Co 10.8; 13.10) [...]."
O mini dicionário de Houaiss (2001, p. 46) define autoridade:
"1. direito de decidir ou de dar ordens; 1.1 pessoa que tem esse direito; 2. conhecedor respeitado de um assunto."

LIÇÕES SOBRE AUTORIDADE ESPIRITUAL E MINISTERIAL CONFORME O APÓSTOLO PAULO
Conforme os textos bíblicos acima citados, algumas verdades acerca da autoridade espiritual ou ministerial nos são ensinadas:
a) Deus e o Senhor Jesus são a fonte da autoridade do líder e do ministro cristão (2 Co 1.1; 10.8; 13.10).
Toda autoridade reivindicada que não seja delegada por Deus não é legítima. Deus é a fonte de toda verdadeira autoridade (Rm 13.1). Os falsos líderes, profetas e obreiros em geral que se intitulam e reivindicam autoridade, não são reconhecidos por Deus como tais (Mt 7.15-23).

b) A autoridade espiritual que recebemos de Deus e do Senhor Jesus são evidenciadas através de sinais e características presentes em nossa liderança e ministério. Esses sinais são manifestos:
- Em nossa vida espiritual. A prática constante da oração (1 Ts 5.17), o apego ao estudo das Escrituras (2 Tm 4.13), a obediência a Deus e à sua direção (At 9.1-8; 16.6-10) são marcas presentes na vida de quem da parte de Deus recebeu autoridade espiritual e ministerial;
- Em nossa vida moral. Barna (2004, p. 97) afirma que um caráter cristão íntegro é indispensável na autenticação de nossa autoridade como líder. Dentre algumas características que se espera nesta área, ele cita a verdade e honestidade, a dignidade de confiança, a respeitabilidade e, o bom conceito e o exemplo. Poderíamos acrescentar ainda a justiça e a imparcialidade. Sem estes traços em seu caráter e personalidade, o líder cristão terá a sua autoridade comprometida.
- Em nossa atividade de liderança ou ministerial. Nossa autoridade como líder ou obreiro, recebida de Deus e reconhecida pela igreja (liderança e liderados), é evidenciada também através da clareza de nossa vocação e chamada, da submissão às autoridades superiores (ninguém está apto para liderar sem antes ter aprendido a obedecer), ao respeito para com os nossos companheiros de ministério, a presença e clara percepção da unção do Espírito sobre a nossa vida, a clara manifestação das habilidades e dons espirituais no exercício da autoridade mediante a liderança e ministério nos confiados.

c) O fato de Deus e o Senhor Jesus ter nos delegado autoridade espiritual, não nos livra de sermos questionados acerca da legitimidade desta autoridade.
Duas coisas contribuíram para que Paulo tivesse constantemente a sua autoridade apostólica questionada:
- O fato de não ter andado com Jesus e entre os doze apóstolos. Aprendemos com o exemplo de Paulo (conforme os textos acima) que o fato de alguém ter sido chamado e chegado depois no ministério, não o coloca em posição de autoridade menor do que aqueles que chegaram antes, isto sendo considerada a equivalência de sua posição ministerial.
- A sua mensagem e ensino, que escandalizava os cristãos judeus mais tradicionais. Sempre que alguém surge com uma mensagem libertadora e bíblica, incomoda os cativos da tradição legalista e opressora. Como já falamos em outras situações, assim como nos dias da igreja primitiva, a tradição legalista e opressora (não falamos aqui das boas e bíblicas tradições) em muitos lugares tem autoridade igual ou superior à Bíblia sagrada. Quem tem convicção e compromisso com a sua chamada e conhece quem o chamou, não ficará intimidado ante aqueles que parecem ter mais notoriedade, mas são falhos ou limitados em suas concepções e convicções (Gl 2.11-21).
Na atualidade, muitos reivindicam a sua autoridade espiritual e ministerial através de carteiradas" (apresentação das crendencias de ministro). Estes não entendem que a autoridade não se legitima e nem se sustenta apenas num cargo ou carteira recebida.

Outros, já desqualificados pela ausência dos sinais espirituais e por uma vida moral reprovada, querem manter a sua autoridade espiritual e ministerial na base do grito, da ameaça, do apoio recebido de outros líderes "comprados" e coniventes com as suas práticas abomináveis e pecaminosas, e nas realizações do passado, ou seja, tenta manter a autoridade com base no que já foi e no que já fez, desassociado da vida e feitos presentes. O apóstolo Paulo não apenas citava o que era e já tinha realizado, mas continuava íntegro em tudo e realizando grandes obras.

A autoridade espiritual e ministerial é sustentada e mantida com base na pleno desejo de buscar e fazer a vontade de Deus. Está fundamenta em nossa obediência ao Senhor (Fl 2.5-11).

A graça e a misericórdia de Deus é que nos outorga autoridade espiritual e ministerial, apesar de falhos e imperfeitos que somos (1 Tm 1.12-17). A sua soberania é a base de sua escolha (Sl 139.16; Is 49.1; Jr 1.5; Gl 1.15-16).

O fato de termos mais autoridade não nos torna melhores do que os quem possuem menos autoridade (1 Tm 1.15).

O exercício da autoridade espiritual e ministerial não se destina ao domínio, opressão, manipulação, exploração ou destruição dos liderados ou submissos à nossa autoridade (2 Co 10.8; 13.10; 1 Pe 5.1-4). Somos investidos de autoridade espiritual para servir e edificar (Mt 20.25-28; Rm 1.1; Gl 1.10).

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Discuta com a classe acerca da atual crise de autoridade espiritual e ministerial que tem assolado a igreja evangélica brasileira.

4. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
- Autoridade Espiritual, Watcman Nee, Vida.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Dicionário Vine, CPAD.
- Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss, Objetiva.
- Desperte o Líder que há em Você, George Barna, CPAD.

terça-feira, 2 de março de 2010

Visita na Escola Dominical da Cong. Vale de Jaboque - Área 01 (28/02/2010)

Dirigente da Congregação Vale de Jaboque (Área 01) e os coordenadores da Escola Dominical


Alunas da EBD

Adolescentes da EBD

Alunos da EBD

Entrega de presentes aos aniversariantes

segunda-feira, 1 de março de 2010

Socorro! Sou Professor da Escola Dominical – Lécio Dornas

Este livro é uma boa ferramenta de auxílio para professores de EBD. O livro é orientado ao treinamento e avaliação da liderança e dos professores da Escola Bíblica Dominical. Fornece sugestões práticas para que ela seja um instrumento de ensino eficaz na igreja. Apresenta maneiras criativas para o professor planejar e preparar aulas e promover o crescimento de um ministério de ensino relevante na igreja.

CLIQUE AQUI PARA COPIÁ-LO PARA SEU COMPUTADOR


E-book digitalizado e Revisado por:  OBREIROS APROVADOS
Extraído do site: http://bibliotecacrista.com.br/