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segunda-feira, 15 de março de 2010

LIÇÃO 12 - VISÕES E REVELAÇÕES DO SENHOR

Publicarei o subsído para a Lição 12 em duas ou três etapas distintas. Nesta primeira tratarei do tema "Superapóstolos", relacionado com o primeiro ponto da lição (A GlÓRIA PASSAGEIRA DE SUA BIOGRAFIA).


1ª PARTE

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Distinguir as características de um "superobreiro"

2. CONTEÚDO
Textos Bíblicos: 2 Co 1.1

OS SUPEROBREIROS
Em todas as épocas, assim como nos dias do apóstolo Paulo, existiram obreiros que se sentiam acima da média. São estes os "superapóstolos", "superbispos", "superpastores", "superevangelistas", "superpresbíteros", "superpregadores", "superprofessores", "superprofetas" e etc.

Nos dias atuais este fato está evidente mais do que nunca. É uma verdadeira vergonha o qua contece no meio evangélicos brasileiro, onde os "superalgumacoisa" fazem de tudo para aparecer. Tentam demonstrar uma espiritualidade acima da média, um "supercarisma", "superpoderes", "supermilagres", "supereloquência".

Em razão disto já foram criadas "superestruturas" para os "supercongressos", onde os "superpregadores", "superministrantes" e "superpreletores" embolsam "supercachês", dos "supermeninosdafé". Tudo isso sob a intermediação dos "superempresáriosdomundogospel".

Um pastor amigo meu, conferencista, me contou que ao se cruzar com desses "superalgumacoisa" num dos aeroportos do país, o mesmo se gabava de ter recebido um cachê de R$ 7.000,00 (Sete Mil Reais), e ainda deu para o meu amigo o seguinte conselho: "o negócio é pregar em comunidades evangélicas e nestas novas igrejas (não sei sobre quais novas igrejas ele se referia). O cachê que recebemos nas Assembleias de Deus é negócio para pregadorzinho. É cachê de miséria".

Um outro me falou que num destes "supercongressos", um deles cogitou a criação de uma "Liga da Justiça com os Superpregadores de Fogo". Sem comentários.

Interessante também é a atitude dos "superapóstolos" da atualidade, que só abrem igrejas nos grandes centros urbanos, nos bairros nobres, nas principais avenidas e edificam (ou alugam) os mais luxuosos templos, para massagear a sua "supervaidade" e engordar a sua "superconta".

É necessário ter uma "supercaradepau" para execer tal ministério e ostentar este "supertítulo".

LIÇÕES DO APÓSTOLO PAULO PARA OS SUPERFENÔMENOS NA ATUALIDADE

Em nenhuma outra época se desejou tanto os holofotes, o estrelato, o reconhecimento das massas, o delírio dos fãs e a fama. Contemplamos uma total inversão de valores e desprezo dos grandes exemplos bíblicos, que incorporam o princípio da declaração de João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (Jo 3.3).

A fama, conforme a que Jesus alcançou (Mt 4.24), se relaciona a um processo natural de reconhecimento da ação de Deus sobre a vida do indivíduo. Não é algo para ser buscado.

Quero aproveitar este tema, para republicar um texto já postado neste blog em 04/03/2008, e publicado no meu livro "Reflexões: por uma prática cristã autêntica e transformadora", que compara os arrogantes superobreiros da atualidade, portadores de exuberantess biografias, com a maneira que o apostólo Paulo descreveu as suas realizações e ministério.

Escrevi o post depois de ter presenciado numa convenção nacional de pastores a distribuição de um kit (DVD, Bíblia, Folder etc.), onde na caixa estava a imagem do superpregador com o seguinte título: O maior fenônemo de público evangélico do Brasil. Tentei conseguir um kit para mim com o próprio superhipermegastar, mas os mesmo estavam reservados para os Pastores Presidentes (certamente havia a intenção de descolar uns convites intere$ante$). Segue abaixo o post na íntegra:

O FENÔMENO
Vocês lembram aquele título "o fenômeno", atribuído ao Ronaldo da seleção brasileira de futebol? Pois bem, a moda acabou se contextualizando ao meio evangélico.

Você já ouviu falar no pastor "o fenômeno"? Ainda não? Pois fique sabendo que ele já existe e é assim que se auto intitula (ao contrário do Ronaldo que recebeu o título do Galvão Bueno), devido aos números mirabolantes que marcam o seu ministério.

O FENÔMENO EM NÚMEROS
- Milhões de telespectadores
- Dezenas de livros
- Centenas de cidades
- Milhares de mensagens pregadas
- Milhares de e-mails recebidos
- Milhões de acesso em sua página na internet
- Milhares de DVD's vendidos

Fui procurar na Bíblia alguém que pudesse se comparar ao "fenômeno", e acabei encontrando um certo personagem, que se destacou pelos números que também marcaram o seu ministério;


PAULO, O APÓSTOLO (2 Co 11.24-28)

- Muitos trabalhos
- Muitas prisões
- Açoites sem medidas
- Perigos de morte
- Trinta e nove chicotadas em cinco ocasiões
- Três pisas com vara
- Um apedrejamento
- Três naufrágios
- 24 hs boiando no mar
- Muitas jornadas (algumas a pé)
- Perigos de ladrões
- Perigos de rios
- Perigos de perseguições por judeus e não-judeus
- Perigos na cidade
- Perigos nos desertos
- Perigos em alto mar
- Perigos entre os falsos irmãos
- Muitos trabalhos e canseiras
- Muitas noites sem dormir
- Fome e sede muitas vêzes
- Falta de casa, comida e roupa
- Muitas preocupações com as igrejas do Senhor

Amados, não sei se o que sinto neste momento é vergonha ou indignação. Dá para perceber o quanto difere o referencial de valores do "FENÔMENO" e os referenciais do Apóstolo Paulo? A que ponto chegamos!

Por favor, me suportem. Falo principalmente aos fãs, que de tão entorpecidos pela eloquência e domínio de massas que "os fenômenos" possuem, não admitem que toquem nos tais "ungidos"!

Gostaria neste momento, de responsabilizar por esta vergonha nacional, os pastores que abrem as portas de suas igrejas para "os fenômenos" modernos, cooperando assim para a alienação e exploração das pobres e manipuláveis ovelhas que lhes foram confiadas.

É fundamental lembrar que Jesus (nem os apóstolos) não andava atrás de público (Jo 6.24-27, 65-68). Jesus buscava verdadeiros discípulos e não público. O inferno se encherá de público e de pregadores de público, enquanto o céu, de filhos de Deus que nasceram de novo, que vivem em santidade e andam na verdade, juntamente com pregadores que não foram enganados pela sedução da fama e do sucesso temporal. Basta! Chega de tanta banalidade, futilidade e vaidade.

Ver e ouvir estas coisas, e ficar calado, é pecado de omissão. Compartilhar com elas, nos torna iguais "aos fenômenos".

Deixo o próprio Paulo nos lembrar um princípio que por muitos já foi esquecido:

"Se tenho de gloriar-me, gloriarme-ei no que diz respeito à minha fraqueza" (2 Co 11.30)

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Elabore um quador comparativo da postura dos superobreiros da atualidade em relação aos bons exemplos e referenciais bíblicos.

Se quiser, pode imprimir este subsídio, tirar cópias e distribuir com os alunos e com quantos outros irmãos desejar.

4. RECURSOS DIDÁTICOS
Quadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Evangélicos em crise, Mundo Cristão.
- Evangelhos que Paulo jamais pregaria, CPAD.
- Erros que os pregadores devem evitar, CPAD.
- Mais erros que os pregadores devem evitar, CPAD.
- Supercrentes, Mundo Cristão.


2ª PARTE
Subsídio e Plano de Aula para Lição Bíblica

Nesta segunda parte do subsídio para a Lição 12, tratarei do tema "revelações e visões", enfatizado no segundo ponto da Revista.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO
-Saber que nem a igreja nem crente algum pode depender apenas de experiências sobrenaturais, como revelações, visões ou sonhos para conhecer a vontade de Deus.

2. CONTEÚDOTextos Bíblicos: 2 Co 12.1

VISÕES, REVELAÇÕES E SONHOS ESPIRITUAIS OU SOBRENATURAIS
É interessante num primeiro momento fazer algumas considerações acerca dos termos "revelações, visões ou sonhos" numa perspectiva evangélica pentecostal.

Os referidos fenômenos dizem respeito a percepção extrasensorial (não dependem dos sentidos naturais da visão, do tato, da audição, do olfato ou do paladar) de imagens relacionadas com acontecimentos no presente mundo (Gn 37.5-10; Dn 2.36-49; Dn 7.1-28 ss) ou no porvir (Ap 20, 21, 22 ss), manifestas mediante o poder e a vontade Deus.

As revelações podem acontecer em estado de vígilia ou dormindo. Quando em estado de vigília, as revelações são geralemente chamadas de "visões espirituais, sobrenaturais ou proféticas". Quando durante o sono, são designadas geralmente de "sonhos espirituais, sobrenaturais ou proféticos."

Estes fenômenos espirituais podem estar relacionados com a vida de um indivíduo (At 27.23-25) com uma nação (Jr 1.13-16), com toda a humanidade (Dn 2), com a igreja (At 16.6-10; Ap 1.9-3.22), etc.

As revelações (visões ou sonhos) são manifestações atuais, não apenas fundamentadas em experiências subjetivas, mas na própria objetividade e clareza do texto bíblico:

"Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias e profetizarão." (At 2.16-18)

No mundo evangélico contemporâneo temos duas posições extremas sobre o presente assunto. A primeira nega totalmente a atualidade das revelações espirituais através de visões ou de sonhos, contrariando desta forma o texto bíblico acima citado. A segunda chega a colocar as revelações num patamar acima da própria palavra de Deus, e o profeta ou visionário acima da autoridade do pastor da igreja. Cabe neste segundo caso observar as advertências bíblicas encontradas em (Dt 13.1-4 e Gl 1.8-9).

Uma outra questão digna de advertência é o fato de alguns indivíduos tentarem dirigir a vida de outros, ou da própria igreja através de supostas revelações, visões ou sonhos. Sem falar, que muitos facinados por estes fenômenos são presas fáceis dos falsos profetas da atualidade. Nestes casos, geralmente a oração e a Bíblia são colocados em último plano (quando ainda são colocados) na busca pela vontade de Deus.

Muitas seitas e heresias surgiram fundamentadas em supostas revelações, visões ou sonhos de seus fundadores ou profetas.

É preciso discernimento espiritual nestas questões, pois pode-se negligenciar uma orientação realmente divina (1 Ts 5.19-22), ou dar ouvidos para aquilo que não procede de Deus.

ALGUNS EXEMPLOS BÍBLICOS DE REVELAÇÕES, VISÕES E SONHOSNo Antigo Testamento:
- Gn 28.10-17 (Jacó)
- Êx 3.1- 4.16 (Moisés)
- Is 6.1-6 (Isaías)
- Jr 1.11-19 (Jeremias)
- Ez 1.1 (Ezequiel)
- Dn 7.1 (Daniel)

No Novo Testamento:
- Mt 1.18-24 (José)
- At 7.55-56 (Estevão)
- At 9.10-16 (Ananias)
- At 10.9-20 (Pedro)
- At 16.6-10 (Paulo)
- Ap 1.9-20 (João)

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINOPeça aos seus alunos para relatarem suas experiências pessoais com as verdadeiras e as falsas revelações, visões ou sonhos espirituais. Discuta ainda sobre a importância do discernimento espiritual oriundo do Espírito Santo e do conhecimento da Palavra de Deus.

4. RECURSOS DIDÁTICOSQuadro, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Dake, CPAD.
- Dicionário Bíblico de Wycliffe, CPAD.
- Dicionário Vine, CPAD.
- Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, HAGNOS.

Autor: Pr. Altair Germano
Fonte:
http://www.altairgermano.com/2010/03/visoes-e-revelacoes-do-senhor-2.html

Um comentário:

  1. Se alguém quiser contar sua experiência espiritual envie-nos um e-mail com a narrativa para: teo-fanias@hotmail.com
    Ou entre no nosso blog: http://vaticinador.blogspot.com/

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